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Blinken diz que futuro do Oriente Médio será decidido nos próximos dias

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse nesta sexta-feira (27) que as escolhas que todas as partes envolvidas no conflito no Oriente Médio fizerem nos próximos dias determinarão qual caminho a região tomará e terão consequências profundas nos próximos anos.

Em uma entrevista coletiva à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, o principal diplomata dos Estados Unidos disse que Washington deixou claro que acredita que o caminho a seguir é por meio da diplomacia, não do conflito.

Ele disse que embora Israel tenha o direito de se defender, “a maneira como o faz importa”.

“As escolhas que todas as partes fizerem nos próximos dias determinarão qual caminho esta região seguirá, com consequências profundas para seu povo, agora e possivelmente nos próximos anos”, disse Blinken.

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Blinken alertou que não buscar diplomacia levaria a “mais conflito, mais violência, mais sofrimento e maior instabilidade e insegurança, cujas ondulações serão sentidas em todo o mundo”.

O principal diplomata dos EUA afirmou que um caminho para a diplomacia ainda existe, embora “possa parecer difícil de ver neste momento”.

“Em nosso julgamento, é necessário e continuaremos a trabalhar intensamente com todas as partes para instá-las a escolher esse caminho”, ele acrescentou.

Os comentários de Blinken também vêm dias após o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu sinalizar sua relutância em concordar com uma proposta de cessar-fogo defendida pelos EUA.

Blinken também ecoou os comentários recentes do secretário de Defesa Lloyd Austin alertando outras partes envolvidas na região, como o Irã, para não usar a escalada entre Israel e o Líbano para atingir ativos dos EUA na região.

Com informações da Reuters. 

Entenda o conflito entre Israel e Hezbollah

Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano nos últimos dias. Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais. Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.

A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.

Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.

O Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.

Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.

No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Blinken diz que futuro do Oriente Médio será decidido nos próximos dias no site CNN Brasil.

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