Do atirador do cinema ao Maníaco do Parque: veja situação de presos por crimes famosos
O ex-estudante de Medicina Mateus da Costa Meira, que matou três pessoas e feriu outras em uma sala de cinema do Shopping Morumbi, em São Paulo, foi solto após 25 anos na prisão.
No dia 3 de novembro de 1999, o ex-estudante invadiu uma sala de cinema do Shopping Morumbi, atirando diversas vezes com uma submetralhadora contra pessoas que estavam no local.
Em 2004, Meira foi condenado a 120 anos de prisão – pena reduzida em 2007 para 48 anos e nove meses de reclusão em regime fechado.
Além do caso de Mateus, outros crimes chocaram o país nas últimas décadas, como os de Suzane Von Richtofen, do Maníaco do Parque e Goleiro Bruno, ex-jogador do Flamengo.
Veja a situação atual de outros casos famosos no Brasil.
Suzane Von Richtofen
Suzane Von Richtofen foi condenada por ser a mandante do assassinato de seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002. Ela tinha 18 anos quando cometeu o crime.
O caso chocou o Brasil pela crueldade e planejamento meticuloso. Suzane, juntamente com seu namorado Daniel Cravinhos e o irmão dele, Cristian Cravinhos, assassinou seus pais com golpes de barra de ferro na cabeça. Ela foi condenada a 39 anos e 6 meses de prisão.
A mulher ficou presa na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, até janeiro de 2023, quando a Justiça concedeu a progressão da pena para regime aberto.
Hoje com 41 anos, Suzane prestou concurso público para ingressar como servidora no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), no último dia 8 de setembro.
Antes disso, em 2023, ela se inscreveu em outro concurso público para uma vaga de telefonista na Câmara Municipal de Avaré, também no interior paulista. Porém, ela não compareceu para fazer a prova.
Richtofen está casada e vive em Bragança Paulista com seu marido e seu filho, nascido em janeiro deste ano. Ela deixou de usar o sobrenome de batismo e adotou o sobrenome de seu companheiro.
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Irmãos Cravinhos
Cristian e Daniel Cravinhos foram condenados pela morte de Manfred e Marísia von Richthofen, pais de Suzane, em 2006. Eles foram sentenciados a 38 anos e 7 meses de prisão.
Apesar de Daniel e Suzane já terem conseguido a progredir para regime aberto, Cristian continua preso na Penitenciária de Tremembé II.
Em agosto, um exame criminológico foi favorável para que Cristian obtivesse o benefício, atestando que o homem está arrependido do crime e demonstrou empatia com o sofrimento da família. Porém, o Ministério Público deu parecer contrário a progressão da pena.
No último dia 17 de setembro, Cristian deixou a P2 de Tremebé para a “saidinha” e logo depois se reecontrou com seu irmão Daniel.
O momento foi publicado nas redes sociais de Cristian, onde na legenda escreveu: “Chegando em casa !!! Família, eu amo vcs!!”.
Maníaco do Parque
Francisco de Assis Pereira foi o maior serial killer brasileiro que atacava e matava mulheres nas ruas da cidade de São Paulo no final dos anos 1990.
Em 1998, o motoboy que ficou conhecido como “Maníaco do Parque” pela morte de sete mulheres e por estuprar mais uma dezena de jovens. Ele foi condenado a 268 anos de prisão.
Depois de matar as vítimas, ele escondia seus corpos no Parque do Estado, na zona Sul da capital paulista. O assassino continua preso até hoje.
No último dia 13 de setembro, o jornalista Ulisses Campbell lançou uma biografia sobre a personalidade do criminoso. Segundo o especialista, Francisco Pereira pode ser solto da prisão em apenas quatro anos.
“No processo penal dele, a data prevista para soltura é agosto de 2028. Só que não é tão simples. Haverá baterias de exames psicológicos, além de laudos de psiquiatras para a justiça, apontando se ele vai cometer novos crimes ou não”, explica o autor do livro “Francisco de Assis, O Maníaco do Parque”.
Já no próximo dia 18 de outubro, um filme será lançado sobre a história do maníaco.
Elize Matsunaga
Em 2012, Elize Matsunaga foi presa por assassinar o marido, Marcos Kitano Matsunaga. Ele sofreu um tiro na cabeça e, para tentar esconder o crime, Elize esquartejou o corpo e colocou os restos mortais de Marcos em malas.
Após apelação de sua defesa, Elize foi condenada a 16 anos e 3 meses de reclusão em 2019, por homicídio doloso triplamente qualificado, destruição e ocultação de cadáver. Em maio de 2022, ela obteve o direito de cumprir a pena em regime aberto.
Desde então, ela atua como motorista de aplicativos. Elize tem utilizado o nome de solteira após deixar o cárcere. A condenada também fez mudanças em seu nome, voltando a usar seu sobrenome de solteira: Elize Araújo Giacomini.
Goleiro Bruno
Ex-goleiro do Flamengo, Bruno Souza foi responsável por um crime que chocou o Brasil em 2010. Ele foi condenado a 22 anos de prisão pelo assassinato de Eliza Samúdio, que nunca teve seu corpo encontrado.
A condenação foi determinada em março de 2013 e o ex-jogador de futebol considerado culpado por homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. Em julho de 2019, sua pena foi progredida para regime semiaberto.
Bruno está em liberdade condicional desde janeiro de 2023. No último dia 13 de setembro, ele foi visto enquanto trabalhava como entregador de móveis na cidade de Rio das Ostras, no litoral do Rio de Janeiro.
Desde junho de 2023, o ex-goleiro publica conteúdos da loja em suas redes sociais, divulgando os produtos. Bruno foi flagrado descarregando um caminhão em uma das ruas do centro do município.
Um documentário sobre o homicídio de Eliza Samúdio, “A Vítima Invisível: O caso Eliza Samudio“, está disponível na Netflix desde quinta-feira (26). O true crime “traz à tona detalhes inéditos do caso que foram negligenciados na época”.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Do atirador do cinema ao Maníaco do Parque: veja situação de presos por crimes famosos no site CNN Brasil.