Irã precisa pagar preço alto por ataque, diz Israel no Conselho de Segurança da ONU
O Irã precisa pagar um preço alto pelo ataque com mísseis contra Israel, segundo advertiu Danny Danon, embaixador israelense, durante reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira (2).
Danon chamou a ofensiva de “ataque a sangue frio” contra civis e um “ato de agressão sem precedentes”.
“Essa foi uma tentativa deliberada de atingir o coração da nossa sociedade, tendo como alvo os locais mais sagrados de Israel”, comentou, abordando em seguida um ataque a tiros em Tel Aviv que deixou ao menos seis mortos.
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“Essa é a realidade que enfrentamos a cada dia. Terror nas nossas fronteiras, mísseis acima de nossas cabeças, balas em nossas ruas”, disse.
“Estamos sob ataque. Essa não foi apenas uma escalada, mas um ataque direto contra nossa existência”, afirmou.
Após criticar o “silêncio” do mundo, o embaixador israelense alertou que o Irã deve pagar um preço alto pelo ataque.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.
No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.
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