Tecnologia

NASA quer atirar “balas” de sensores na Lua e em Marte

Pesquisadores da NASA querem estudar a Lua e Marte de uma forma inusitada: disparando “balas” especiais — e científicas, claro. A ideia veio dos membros do Centro de Pesquisa Langley, da agência espacial norte-americana, e pode ajudar os cientistas a observar áreas destes mundos que ficam escondidas dos telescópios e missões espaciais.

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Muito da Lua e de Marte pode ser explorado com a ajuda de rovers robóticos e sondas orbitais. Mesmo assim, existem crateras e encostas que são de difícil acesso para missões do tipo — e isso é um problema, já que estes locais podem ter recursos valiosos para astronautas em missões de longa duração nestes mundos.

Mas e se houvesse uma forma de acessar estes locais desafiadores? É aqui que entra a proposta da equipe. “Para resolver isso, um novo dispositivo conceitual oferece uma um micro-espectrômetro em forma de bala disparável para acesso direto a áreas com formações geologicamente irregulares e ambientes extremos”, descreveram.


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Os espectrômetros detectam e analisam comprimentos de onda da radiação eletromagnética. No caso, o dispositivo proposto pela equipe poderia penetrar no solo do mundo em questão e revelaria o espectro dos componentes ali, como água e minerais.

Esquema de como as “balas” ajudariam em estudos de locais desafiadores na Lua (Imagem: Reprodução/NASA)

“Os sinais do solo analisado seriam transmitidos para uma estação principal por meio de um sistema de telemetria”, explicaram. O recurso poderia servir também para o estudo de asteroides e de qualquer outro objeto espacial cuja composição química seja de interesse. 

Segundo a equipe, o Centro já desenvolveu um micro-espectrômetro em bala, que conta com uma fonte emissora de luz ultravioleta, um capacitor, dispositivos de telemetria e outros componentes. O protótipo foi criado para demonstrar como seria a avaliação dos componentes no solo.

A ideia é curiosa, mas ainda não se transformou em realidade. Por enquanto, o conceito foi apenas apresentado no 37º Congresso Internacional de Geologia de 2024, e ainda precisa de novas avaliações e análises para sair do papel.

Leia a matéria no Canaltech.

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