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Ofensiva de Israel no Líbano está “destruindo o país”, diz ministro libanês à CNN

A ofensiva de Israel no Líbano está “destruindo o país”, disse o Ministro da Economia libanês Amin Salam à CNN.

Salam condenou o ataque desta quinta-feira (3) no centro de Beirute, o primeiro desde 2006, destacando que Israel está atacando cada vez mais perto de áreas civis.

“Isso foi muito além do que aconteceu em 2006”, disse Salam à Eleni Giokos da CNN, apontando que o ataque foi realizado a menos de 3 km do Palácio do Governo.

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Salam alertou que o deslocamento de mais de 1 milhão de libaneses e sírios do Líbano será uma “questão de longo prazo” para o governo administrar, mesmo que um cessar-fogo entre em vigor.

“Temos hospitais cheios de pessoas, escolas cheias de pessoas, pessoas dormindo nas ruas, e essa guerra continua. A maneira como vejo é que essa guerra não tem objetivo. Está apenas destruindo o país”, disse Salam.

“Precisamos reconstruir suas cidades, suas vilas. Precisamos fornecer condições pacíficas para eles. Então, estamos realmente em uma operação muito complicada agora para cuidar de todas essas pessoas”, acrescentou o ministro.


Fumaça e chamas sobem sobre a área de Dahieh depois que o exército israelense realizou ataques aéreos no sul da capital Beirute, Líbano, em 03 de outubro de 2024. • Houssam Shbaro/Anadolu via Getty Images

Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.

São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.

O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim do conflito. Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.

Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Ofensiva de Israel no Líbano está “destruindo o país”, diz ministro libanês à CNN no site CNN Brasil.

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