Posição da Casa Branca sobre Israel é mais sobre política externa do que interna, diz especialista
O diretor-executivo para as Américas da Eurasia, Christopher Garman, analisou ao programa WW a postura da Casa Branca em relação ao recente ataque do Irã a Israel.
Segundo o especialista, a posição adotada pelo governo Biden é mais influenciada por considerações de política externa do que por questões domésticas.
Garman explicou que, historicamente, os Estados Unidos sempre se posicionaram ao lado de Israel.
“Quando Israel sofre um ataque do Irã, a resposta natural do governo americano é ficar ao lado do seu aliado”, afirmou.
No entanto, ele ressaltou que Washington também está atenta à potencial resposta israelense e ao risco de uma escalada regional do conflito.
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Equilíbrio delicado entre apoio e cautela
O especialista destacou que a principal preocupação da Casa Branca é oferecer apoio a Israel, mas ao mesmo tempo calibrar o risco de um agravamento da situação na região. “A Casa Branca gostaria de evitar um escalamento maior”, pontuou Garman.
Em termos eleitorais, o analista reconheceu que um conflito mais amplo não seria benéfico para a administração Biden.
Além disso, há uma preocupação específica em lidar com a coalizão dentro do Partido Democrata que se opõe a Israel, especialmente em estados como Michigan, que possui uma significativa população muçulmana.
Impacto nas eleições americanas
“O apoio que a Casa Branca tem dado a Israel tem gerado preocupações de perder parte desse eleitorado mais progressista que é contra a invasão de Israel na faixa de Gaza”, explicou Garman.
No entanto, ele enfatizou que, apesar dessas considerações eleitorais, a reação do governo Biden é principalmente motivada pela situação geopolítica no Oriente Médio.
O especialista concluiu que, embora existam preocupações eleitorais, a posição da Casa Branca nesta crise é mais ditada pela política externa do que pela política doméstica, refletindo a complexidade da situação e o papel dos Estados Unidos como aliado histórico de Israel.
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