Sonda da NASA viajou bilhões de km e pode chegar aos confins do Sistema Solar
A sonda New Horizons, da NASA, alcançou um novo marco no espaço. De acordo com informações da agência espacial norte-americana, a aventureira cósmica lançada em 2006 chegou a uma distância 60 vezes maior do que aquela que separa a Terra do Sol.
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O marco impressionante significa que a espaçonave dobrou sua distância de 2015, quando tirou as primeiras fotos do planeta anão Plutão e suas luas. E, mesmo assim, ela ainda não chegou à “borda” do nosso sistema, o que sugere que ela talvez seja maior do que pensávamos.
Esta espécie de fronteira é marcada pelo Cinturão de Kuiper, um disco encontrado além de Netuno. Ali, estão inúmeros cometas e milhares de pequenos mundos congelados, além de detritos rochosos deixados pela formação do Sistema Solar.
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O Cinturão de Kuiper é como uma fronteira que marca o fim do Sistema Solar (Imagem: Reprodução/JHUAPL)
E os cientistas esperavam que a New Horizons já tivesse chegado lá, mas não foi o que aconteceu. “O Cinturão de Kuiper do nosso Sistema Solar pareceu, há muito tempo, ser muito pequeno em comparação com muitos outros sistemas planetários”, disse Wes Fraser, co-investigador da New Horizons. “Mas nossos resultados sugerem que essa ideia pode ter surgido apenas devido a um viés observacional”, observou ele’.
Enquanto a sonda Horizons viaja mais de 400 milhões de quilômetros a cada ano, sua equipe continua coletando dados do Cinturão de Kuiper. Com o telescópio Subaru, no Havaí, eles descobriram que esta região distante guarda alguns objetos cósmicos desconhecidos, que podem estar espalhados a uma distância até 90 vezes maior que aquela da Terra ao Sol.
A descoberta sugere que, em outras palavras, o Cinturão de Kuiper vai muito mais longe do que se pensava. Também é possível que exista algum outro cinturão ainda mais distante que este, conhecido pelos cientistas desde a década de 1990. “Talvez, se esse resultado for confirmado, nosso Cinturão de Kuiper não seja tão pequeno e incomum, afinal de contas, em comparação com aqueles ao redor de outras estrelas”, sugeriu Fraser.
Após tantos anos de viagem, os cientistas estimam que a New Horizons deve continuar ativa pelo menos até 2050, com energia e combustível suficientes para chegar a uma distância 100 vezes maior do que aquela entre a Terra e o Sol. Se sobreviver à viagem, ela não vai ser a primeira a alcançar o espaço interestelar: as Voyager 1 e 2, lançadas em 1977, já chegaram a esta região misteriosa.
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