UE adia aplicação de Lei Antidesmatamento que ameaça agronegócio brasileiro
A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira (2) que vai adiar a entrada em vigor da Lei Antidesmatamento, para 30 de dezembro de 2025, no caso das grandes empresas, e junho de 2026, em relação às micro e pequenas empresas. A justificativa é garantir uma implementação “suave” das medidas.
A legislação ameaça a exportação de produtos do agronegócio brasileiro e é alvo de críticas pelo setor e pelo governo. A lei prevê a proibição da importação de produtos originários de áreas que foram desmatadas a partir de 2022, mesmo em áreas em que o desmatamento é legalizado.
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A estimativa é de que a lei afetará 15% das exportações totais brasileiras e 34% das exportações brasileiras para a Europa. Seriam impactados, por exemplo, produtos das cadeias produtivas do café, soja, óleo de palma, madeira, couro, carne bovina, cacau e borracha.
A decisão foi celebrada pelo governo, que pleiteava este adiamento junto a dezenas de outros países — dentre eles todos do Mercosul, os Estados Unidos e até europeus, como Itália, Espanha e Alemanha. No mês passado, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro e o chanceler, Mauro Vieira, enviaram carta à União Europeia com esta demanda.
À CNN, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, reforçou a insistência do Brasil pelo adiamento: “Desde o início estamos tentado junto a União europeia explicar que não há tempo adequado para que as empresas, os produtores se adequem as exigências”, disse.
Este conteúdo foi originalmente publicado em UE adia aplicação de Lei Antidesmatamento que ameaça agronegócio brasileiro no site CNN Brasil.