Síndrome do Tarzan: entenda fenômeno tóxico que tem afetado casais
Você já ouviu falar da síndrome do Tarzan? O termo, que tem conquistado visibilidade recentemente, refere-se ao comportamento de começar um novo relacionamento antes mesmo de ter superado o último ex. Sabe quando alguém emenda uma relação na outra sem “respirar”? Então.
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O comportamento tem esse nome porque o Tarzan balança de cipó em cipó, sem soltar. É basicamente o que acontece com a pessoa: salta de um relacionamento para outro, sem dar uma pausa no próprio emocional.
De acordo com a psicóloga da Universidade de São Paulo, Liliana Seger, algo que tem acontecido nos últimos tempos é que as pessoas têm passado a procurar outras como se fossem “alimentos na prateleira”.
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Em comunicado, a especialista diz que a pessoa já começa a se relacionar pensando em quantos likes vão ter juntos nas publicações, de forma que os relacionamentos passaram a ser “produtos”.
Esses comportamentos resultam em relações superficiais e sem diálogo, e estão vinculados a um declínio do vínculo afetivo.
Síndrome do Tarzan
Em 2007, o termo serviu de título a um livro da canadense Pascale Piquet, que viveu uma dependência emocional e decidiu escrever sobre suas experiências.
“Quem diria que Tarzan tinha alguma coisa a ver com vício? Porém, muitos dependem tanto do carinho dos outros quanto Tarzan de suas vinhas: para não cair no vazio emocional, preferem se apegar à primeira pessoa que passa”, diz a sinopse do livro.
Síndrome do Tarzan tem afetado casais (Imagem: andrew welch/unsplash)
Cada vez mais, a área da psicologia ganha atualizações e traz novos termos que ajudam as pessoas a identificarem situações do cotidiano. Em paralelo, a ciência ainda busca entender o amor e a complexidade das emoções.
O medo da solidão
A síndrome do Tarzan está genuinamente relacionada ao medo da solidão, e especialistas já mostraram que estar solitário é tão prejudicial quanto a fome, para se ter uma noção. Um estudo publicado na revista Frontiers of Social Psychology diz que a solidão vem de duas necessidades que as relações sociais ajudam a satisfazer: a conexão com outras pessoas e a autonomia de conduzir a vidas nos próprios termos.
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