Governo proíbe venda de 11 marcas de azeite de oliva; veja lista completa
Em supermercados e centros de distribuição, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) encontrou uma série de marcas de azeite de oliva impróprias para o consumo. Após a inspeção e análise laboratorial, 11 dessas marcas entraram para a lista de venda proibida no Brasil, como aponta documento divulgado na quinta-feira (3).
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As análises e as investigações sobre falsificações de azeite de oliva no mercado brasileiro ainda estão em andamento. Dessa forma, a lista de marcas proibidas para a venda pelo governo poderá aumentar nos próximos dias.
Vale observar que o azeite de oliva é o segundo produto alimentar mais fraudado no mundo, perdendo apenas para o pescado, segundo o Mapa. Nas fraudes, é recorrente a inclusão de outros tipos de óleos no azeite de oliva, além da adição de aromatizantes e corantes. Há risco para a saúde do consumidor.
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Lista de marcas proibidas de azeite de oliva
Na atual fase de investigação, o governo identificou uma lista de 11 marcas e lotes de azeite de oliva impróprios para consumo. A seguir, confira quais são:
Málaga; Rio Negro; Quinta de Aveiro; Cordilheira; Serrano; Oviedo; Imperial; Ouro Negro; Carcavelos; Pérola Negra; La Ventosa.
Essas marcas de azeite foram identificadas em pontos de venda em mais de cinco estados, incluindo Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco, Espírito Santo, Alagoas e Santa Catarina.
Embora sejam 11 marcas de azeite proibidas no Brasil, são apenas três empresas responsáveis pelos produtos: Cunha Importação e Exportação LTDA, Intralogística Distribuidora Concept LTDA e Caxias Comércio de Gêneros Alimentícios LTDA.
Governo divulga lista de 11 marcas de azeite de oliva impróprias para o consumo (Imagem: Divulgação/Mapa)
Segundo o MAPA, as três empresas responsáveis apresentam o CNPJ baixado ou suspenso junto à Receita Federal. Em outras palavras, o registro não está mais ativo.
Risco para a saúde do consumidor
Para verificar a fraude em uma garrafa ou lata de azeite de oliva, são realizados diferentes testes no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, após a coleta em mercados e centros de venda. O primeiro é o teste de fraude, onde se analisa os ingredientes adicionados no produto e possíveis compostos estranhos.
Já a segunda etapa envolve o teste de qualidade, no qual é analisado o tipo de produto (se é extravirgem ou não, por exemplo). Também são realizadas análises sensoriais, onde se verifica o cheiro e o sabor.
Não existe um único tipo de fraude possível, já que, quando o produto é feito de modo irregular, não há controle sobre o que foi colocado dentro do “azeite de oliva”, assim é quase impossível saber quais são os riscos exatos para o consumidor. Há até a possibilidade de inclusão de substâncias tóxicas. Entretanto, sabe-se que é impróprio para o consumo.
Em alguns casos, o risco é maior. Cabe mencionar os pacientes com doenças cardiovasculares que recorrem ao azeite de oliva em busca dos benefícios desse produto, especialmente para o sistema circulatório. Entretanto, se há fraude e adulteração, o consumidor pode estar consumindo algo mais próximo de um óleo comum, com implicações para a saúde.
O Canaltech entrou em contato com as empresas responsáveis pelos azeites de oliva e irá atualizar a matéria assim que tiver retorno.
Leia a matéria no Canaltech.