Fumaça cobre o céu de Beirute após madrugada de bombardeios
A fumaça cobriu a capital libanesa, Beirute, na madrugada deste sábado (5), depois que explosões foram vistas e ouvidas durante a noite.
Os militares israelenses emitiram três alertas para os moradores dos subúrbios ao sul de Beirute deixaram a área imediatamente.
Israel disse que tinha como alvo o quartel-general da inteligência do Hezbollah em Beirute e estava avaliando os danos na sexta-feira (4).
Leia Mais
Vance diz que visão de Melania Trump sobre aborto não muda posição da campanha
Avião militar da Coreia do Sul retira 97 pessoas do Líbano em meio a ataques
Trump tenta conter avanço de democratas na Carolina do Norte
O ataque aéreo a Beirute, parte de um ataque mais amplo que expulsou mais de 1,2 milhão de libaneses de suas casas, teria como alvo o potencial sucessor do líder do Hezbollah apoiado pelo Irã, Sayyed Hassan Nasrallah, morto por Israel há uma semana.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim do conflito. Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.
O que se sabe sobre o ataque do Irã contra Israel
Este conteúdo foi originalmente publicado em Fumaça cobre o céu de Beirute após madrugada de bombardeios no site CNN Brasil.