Irã promete “resposta mais forte” se Israel retaliar ataque com mísseis
O presidente iraniano Masoud Pezeshkian disse que, embora o Irã não busque a guerra, ele dará uma “resposta mais forte” se Israel retaliar após o ataque iraniano de mísseis na terça-feira (1º).
Pezeshkian falou em Doha ao lado do Emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad al-Thani, nesta quarta-feira (2). Ele acusou Israel de instigar a insegurança na região e condenou o que ele descreveu como crimes históricos.
“Não tivemos escolha a não ser responder. Se Israel quiser reagir, teremos uma resposta mais forte, é com isso que a República Islâmica está comprometida”, disse Pezeshkian.
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Horas após o ataque de terça-feira, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse: “O Irã cometeu um grande erro esta noite e vai pagar por isso”.
As declarações de Pezeshkian vêm depois que o Irã disparou cerca de 200 mísseis balísticos em um ataque contra Israel na terça-feira, que disse ter sido em resposta aos assassinatos do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh.
O Irã realizou um ataque com mísseis contra Israel nesta terça-feira (1°). • 01/10/2024 REUTERS/Amir Cohen
O exército israelense anunciou que mísseis foram disparados do Irã em direção a Israel e sirenes foram ouvidas em todo o país, especialmente em Tel Aviv. • Anadolu via Reuters Connect
Pessoas se protegem no acostamento de uma estrada em Tel Aviv, durante um alerta de mísseis lançados do Irã • Ilia Yefimovich/Getty Images
Ação seria uma resposta ao assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e outros. • Ilia Yefimovich/Getty Images
Os EUA disseram acreditar que um ataque com mísseis balísticos contra Israel era iminente após Israel lançar uma operação terrestre limitada no sul do Líbano. • Nir Keidar/Anadolu via Getty Images
Uma pessoa mostra o aplicativo de alerta de foguete Tzofar em seu telefone em 1º de outubro de 2024 em Tel Aviv, Israel. • Leon Neal/Getty Images
O exército israelense estimou que o Irã disparou 180 “projéteis”, mas enfatizou que não era a contagem final. • Reuters
O exército da Jordânia disse em uma declaração que “centenas de mísseis iranianos foram lançados em direção a Israel”, citando uma fonte militar em seu comando geral das forças armadas • Reuters
Alguns mísseis iranianos causaram impacto direto no centro e sul de Israel, disse um porta-voz militar israelense. • Reuters
Alguns mísseis iranianos causaram impacto direto no centro e sul de Israel, disse um porta-voz militar israelense. Os destroços caíram em áreas residenciais como em Beit Al, perto da cidade de Ramallah, na Cisjordânia. • Issam Rimawi/Anadolu via Getty Images
Palestinos inspecionaram os destroços de um míssil disparado do Irã para Israel, após ele cair em uma área na cidade de Dura, província de Hebron, na Cisjordânia. • Foto de Mamoun Wazwaz/Anadolu via Getty Images
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, disse que o ataque com mísseis contra Israel foi em defesa dos interesses e dos cidadãos do Irã. • Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.
O que se sabe sobre o ataque do Irã contra Israel
Este conteúdo foi originalmente publicado em Irã promete “resposta mais forte” se Israel retaliar ataque com mísseis no site CNN Brasil.