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Sua cabeça é mais velha que seus pés e a culpa é da relatividade

Você já ouviu falar que o tempo é relativo? Resumidamente, podemos dizer que essa expressão significa que, quanto mais rápido você viajar, mais devagar o tempo passa para você. Isso causa alguns efeitos interessantes, como o envelhecimento dos nossos pés em um ritmo diferente daquele da cabeça — graças à gravidade

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Se você viajar de avião de Londres para Nova York, seu relógio de pulso vai estar dez milionésimos de segundo atrasado em relação a um relógio em solo, e você teria envelhecido um pouquinho mais devagar. Claro que o efeito é pequeno e imperceptível sem os instrumentos adequados, mas existe. 

A Teoria da Relatividade Geral descreve que a gravidade afeta o tecido do espaço-tempo (Imagem: Reprodução/Gerd Altmann/Pixabay)

Este é um dos princípios da Teoria da Relatividade Geral, do físico Albert Einstein. Ela prevê também que, quanto mais longe você estiver da gravidade da Terra, mais o tempo acelera — é por isso que a sua cabeça é um pouquinho mais velha que os pés. 


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Novamente, o efeito é pequeno, mas se torna significativo em grandes distâncias. Os satélites que fazem parte dos sistemas de GPS, por exemplo, orbitam a Terra a cerca de 20 mil km de altitude e precisam levar esta diferença em conta para funcionarem corretamente.

Estes fenômenos acontecem porque a Relatividade determina que o tempo corre de acordo com as diferenças de curvatura no espaço entre dois pontos. Na Relatividade Geral, tal curvatura é consequência da gravidade, que é também a culpada pela taxa de envelhecimento dos nossos pés ser diferente daquela da cabeça. 

Relatividade e o tempo 

Estes efeitos são perceptíveis em nosso planeta, que é um “pálido ponto azul” em meio a um universo bastante vasto. Mesmo assim, os efeitos relativísticos ficam ainda mais evidentes ao redor dos buracos negros, objetos com gravidade tão forte que dão inveja em qualquer planeta. 

Os buracos negros são objetos extremos, capazes de proporcional aguns efeitos fascinantes (Imagem: Reprodução/NASA’s Goddard Space Flight Center)

Para entender melhor, imagine que você mergulhou em um buraco negro, mas está a bordo de uma espaçonave hipotética que te protege da espaguetificação e de outros efeitos causados pelo objeto. Conforme você cai nele, não perceberia grandes diferenças no tempo para você ou seus arredores.

Se você olhasse um relógio, perceberia que o tique-taque dele continua como sempre. Mas se os instrumentos da sua espaçonave te permitissem dar uma espiadinha para fora do buraco negro, os eventos fora dele pareceriam acelerar. Seria fantástico: se tivesse um telescópio, você veria o futuro da Terra e da nossa espécie acontecendo como um filme acelerado! 

Agora, mudemos a perspectiva. Imagine que você está em uma estação espacial na órbita de um buraco negro enquanto observa um astronauta caindo nele. Se este astronauta azarado estivesse acenando, você veria ele se movendo cada vez mais devagar conforme caía no buraco negro; um relógio no lado externo da espaçonave dele pareceria se mover mais devagar em comparação com aquele na estação.  

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