Cientistas criam língua eletrônica que “sente” sabores usando IA
A IA tem sido a grande protagonista das inovações promovidas pela tecnologia, mas agora um grupo da Pennsylvania State University (EUA) levou a outro nível ao criar uma língua eletrônica capaz de “sentir” sabores. O objetivo é usar a ferramenta para fins de segurança e produção de alimentos.
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Conforme aponta o estudo publicado na Nature, o sensor e a IA podem detectar e classificar várias substâncias enquanto avaliam a qualidade, autenticidade e frescor.
Para imitar artificialmente o córtex gustativo (região do cérebro que percebe e interpreta vários sabores além do que pode ser sentido pelos receptores gustativos), os pesquisadores desenvolveram um algoritmo concentrado na avaliação e compreensão de dados.
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Em estudos anteriores, a equipe buscou entender como o cérebro reage a diferentes sabores e imitou esse processo integrando diferentes materiais 2D.
Dessa vez, o grupo contou com vários produtos químicos para ver se os sensores poderiam detectá-los com precisão e se eles poderiam detectar pequenas diferenças entre alimentos semelhantes.
Língua eletrônica
A língua eletrônica conta com um dispositivo condutor que pode detectar íons químicos, vinculado a uma rede neural artificial, treinada em vários conjuntos de dados.
Os cientistas colocaram 20 critérios de avaliação na língua eletrônica, e com base nesses parâmetros, a IA detectou com precisã leite, refrigerante, café e suco de fruta. Na prática, a tecnologia apresentou mais de 80% de precisão e levou cerca de um minuto para fazer a avaliação.
Língua eletrônica “sente” sabores usando IA (Imagem: Pannone et al, 2024/Nature)
Depois de utilizar os parâmetros selecionados pelos pesquisadores, a tecnologia também foi testada com critérios estabelecidos pela própria máquina em vez das fornecidas por humanos. Nesse caso, a precisão foi maior ainda: 95%.
Alimentos e diagnósticos
Segundo o artigo, as capacidades da língua eletrônica também poderiam ajudar em diagnósticos médicos. Além do paladar, também já vimos que a inteligência artificial tem a capacidade de diagnosticar doenças a partir do som ou mesmo através do olfato.
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