Fluminense divulga nota e critica “abuso de autoridade” da polícia na Arena MRV
O Fluminense divulgou uma nota na noite desta quinta-feira (26) e criticou a violência da Polícia Militar de Minas Gerais contra a torcida tricolor após a partida contra o Atlético-MG, nessa quarta-feira (25), na Arena MRV. O time carioca perdeu por 2 a 0 e foi eliminado da Copa Libertadores.
Após a eliminação tricolor, torcedores da equipe carioca se envolveram em confusão com a PM nas arquibancadas da Arena MRV. Alguns deles foram detidos.
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Na nota, o Fluminense disparou contra a PM. O clube afirmou que os torcedores só iniciaram a confusão no estádio após polícia e seguranças da Arena MRV usarem a força contra os tricolores.
“A postura de pequeno grupo da torcida do Fluminense, embora reprovável em análise isolada, foi motivada pela revolta decorrente do emprego de força absolutamente desproporcional por parte da Polícia Militar de Minas Gerais e dos funcionários da empresa de segurança terceirizada do estádio. Imagens de torcedores espancados e ensanguentados circulam nas redes em profusão”, escreveu o Fluminense.
De acordo com o clube carioca, houve abuso de poder por parte da polícia e pede identificação dos envolvidos. “No jogo de ontem, a PM mineira cometeu abuso de autoridade contra profissionais do clube e, pasmem, até mesmo contra crianças presentes na arquibancada, no uso desmedido de gás de pimenta”, publicou o clube.
O clube carioca fez questão de exaltar a postura do Atlético-MG e da equipe interna do clube alvinegro. “A conduta das lideranças da equipe interna do Atlético responsável pela operação e pela segurança do estádio foi irrepreensível, profissional e solidária no apoio à equipe tricolor durante todo o tempo e, principalmente, no momento mais crítico, o que fazemos questão de registrar”.
Alguns torcedores do Fluminense foram detidos após a confusão. Houve destruição de catracas e cadeiras do estádio do Atlético por parte dos visitantes.
“Teve uma confusão com a polícia. Parece que todas as catracas foram danificadas. Ainda vamos fazer o levantamento dos danos, mas as catracas foram todas quebradas. A nossa segurança está levantando as imagens e vai formalizar tudo em Boletim de Ocorrência. Vamos encaminhar tudo para Conmebol e pedir o ressarcimento”, disse Leonardo Barbosa, diretor de operação do estádio, em entrevista à Itatiaia.
As catracas não foram o único “alvo” dos torcedores, de acordo com Léo Barbosa. Ainda houve quebra de cadeiras na arquibancada e itens como porta e vasos sanitários no banheiro.
Veja a nota completa do Fluminense
“Após a partida de ontem, o Fluminense se dedicou a ouvir relatos de funcionários do clube e torcedores presentes na arquibancada, além de analisar as imagens disponíveis, o que foi fundamental para evitar conclusões precipitadas e manifestações inconsistentes ou incompletas.
A postura de pequeno grupo da torcida do Fluminense, embora reprovável em análise isolada, foi motivada pela revolta decorrente do emprego de força absolutamente desproporcional por parte da Polícia Militar de Minas Gerais e dos funcionários da empresa de segurança terceirizada do estádio. Imagens de torcedores espancados e ensanguentados circulam nas redes em profusão.
A conduta das lideranças da equipe interna do Atlético responsável pela operação e pela segurança do estádio foi irrepreensível, profissional e solidária no apoio à equipe tricolor durante todo o tempo e, principalmente, no momento mais crítico, o que fazemos questão de registrar.
O mesmo não se pode dizer da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, que, por reincidência e falta de posicionamento institucional, parece se orgulhar de seus abusos e maus-tratos reiterados. Em julho de 2022, o Fluminense já havia cientificado o alto comando da corporação sobre tal postura após jogo contra o Cruzeiro no Mineirão. De nada adiantou. Fato é que torcedores visitantes são tratados repetidamente com violência e desrespeito, o que é largamente conhecido em todo o Brasil.
No jogo de ontem, a PM mineira cometeu abuso de autoridade contra profissionais do clube e, pasmem, até mesmo contra crianças presentes na arquibancada, no uso desmedido de gás de pimenta.
Se torcedores devem ser identificados para responsabilização de danos, o Fluminense entende que o mesmo procedimento deverá ser feito em relação aos policiais e stewards que, por absoluto despreparo, deram início aos indesejáveis conflitos”.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Fluminense divulga nota e critica “abuso de autoridade” da polícia na Arena MRV no site CNN Brasil.