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Fungo demonstra inteligência ao reconhecer formas em experimento

Existe fungo inteligente? De acordo com um novo estudo… sim! Pesquisadores da Tohoku University e Nagaoka College (Japão) mostraram que a espécie Phanerochaete velutina tem memórias, aprende e pode até tomar decisões.

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“Você ficaria surpreso com o quanto os fungos são capazes de fazer. Francamente, as diferenças em como eles resolvem problemas em comparação aos humanos são alucinantes”, diz um dos autores, Yu Fukasawa.

Os pesquisadores conduziram seu experimento usando pequenos blocos de madeira já colonizados com Phanerochaete velutina e colocaram nove desses blocos em dois arranjos diferentes: um círculo ou uma cruz. Então, eles observaram e documentaram como o micélio (parte vegetativa do fungo) mudou ao longo do tempo.


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Fungo inteligente

A ideia dos cientistas era que, se os fungos não exibissem habilidades de tomada de decisão, eles simplesmente se espalhariam a partir de um ponto central sem consideração pela posição dos blocos. No entanto, não foi isso que aconteceu.

Fungo demonstra inteligência ao reconhecer formas em experimento (Imagem: Fukasawa et al., 2024/Fungal Ecology)

“Para o formato cruzado, o grau de conexão foi maior nos quatro blocos mais externos. Foi levantada a hipótese de que isso ocorreu porque os blocos mais externos podem servir como ‘postos avançados’ para a rede micelial embarcar em expedições de forrageamento, portanto, conexões mais densas eram necessárias”, diz o comunicado da universidade.

Enquanto isso, no formato circular, o grau de conexão foi o mesmo em qualquer bloco dado. “No entanto, o centro morto do círculo permaneceu claro. A rede micelial não viu um benefício em se estender demais em uma área já bem povoada”, conclui o comunicado.

Comunicação de informações

As descobertas publicadas na Fungal Ecology sugerem que a rede micelial foi capaz de comunicar informações sobre seu entorno por toda a rede e mudar sua direção de crescimento de acordo com o formato.

“Nossa compreensão do mundo misterioso dos fungos é limitada, especialmente quando comparada ao nosso conhecimento de plantas e animais. Esta pesquisa nos ajudará a entender melhor como os ecossistemas bióticos funcionam e como diferentes tipos de cognição evoluíram nos organismos”, afirmam os pesquisadores.

Leia a matéria no Canaltech.

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