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Um asteroide atingiu a Terra em 1908, mas pouca gente sabe disso

Na manhã de 30 junho de 1908, o céu de Tunguska, uma das áreas mais remotas da Sibéria, foi iluminado por algo mais brilhante que o Sol. Naquele dia, uma explosão fez o solo tremer, assustando moradores que estavam no local. Eles tinham acabado de ver o mais recente impacto de um asteroide em nosso planeta

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O que a NASA faria se um asteroide fosse se chocar com a Terra?  O que aconteceria se tentássemos explodir um asteroide com uma arma nuclear

A rocha espacial proporcionou uma verdadeira bola de fogo que cruzou o céu, e não demorou até causar um estrondo parecido com um trovão. Quem estava no local relata ter sido lançado no ar e ficado inconsciente. Quando retomaram os sentidos, estas pessoas notaram que os arredores estavam danificados ou destruídos.

Felizmente, como a área tem baixa densidade populacional, foram relatadas poucas casualidades humanas. Além disso, testemunhas oculares relatam ter visto uma grande coluna de fumaça subindo pela atmosfera, e mais de 70 milhões de árvores foram derrubadas em uma área a quilômetros de onde a bola de fogo foi vista. O ocorrido ficou conhecido como Evento de Tunguska.


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Árvores devastadas após a explosão do meteoro em Tunguska (Imagem: Domínio público)

Como o local é remoto, foi somente em 1927 que a primeira expedição científica alcançou a área. Mas a empreitada valeu a pena: pesquisadores encontraram amplas evidências de destruição causadas por uma onda de choque e explosão de calor, que pareceram vir de um asteroide que explodiu na atmosfera da Terra. 

Hoje, os astrônomos estimam que o evento foi causado por um bólido com diâmetro de aproximadamente 40 km. O objeto parece ter entrado na atmosfera da Terra com um ângulo de 30°, e explodiu a cerca de 9 km de altitude. 

Asteroides que caíram na Terra 

Pode até parecer que o Evento de Tunguska foi assustador, mas vale lembrar que impactos cósmicos são uma parte importante da história do nosso planeta. Afinal, foi a queda de um asteroide que criou a cratera de Chicxulub, no México, há 65 milhões de anos, levando os dinossauros à extinção e dizimando mais de 70% das espécies de seres vivos na Terra.

A cratera de Chicxulub fica na península de Yucatán, no México (Imagem: Reprodução/Tim Peake/Nasa/ESA)

A boa notícia é que nossas capacidades de resposta a eventos cósmicos como o de Tunguska avançaram muito — basta considerar o Escritório de Coordenação de Defesa Planetária (PDCO), da NASA, que monitora objetos próximos à Terra (NEOs) a até 40 milhões de quilômetros da órbita do nosso planeta. 

Em paralelo, a NASA lançou sua missão DART, chocando propositalmente uma espaçonave contra o asteroide Dimorphos para alterar sua órbita. O procedimento foi um sucesso, mostrando o potencial desta técnica de defesa planetária. 

Leia a matéria no Canaltech.

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