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Potencial conflito entre Israel e Irã tem impacto limitado nas ações locais, destacam analistas

A possibilidade de uma retaliação por parte de Israel, em decorrência ao ataque de mísseis do Irã, tem gerado receio aos mercados globais, afetando diversos tipos de ativos. O conflito provoca, em especial, uma disparada do petróleo.

Na semana do ataque, em 1º de outubro, a commodity chegou a disparar cerca de 9% e ficou próximo do patamar de US$ 80 por barril. Apesar da alta inicial, o preço do petróleo continuou comportado, e o Brent, referência internacional, fechou cotado em US$ 76,88 na última sexta-feira (11).

Analistas destacam que uma guerra ampliada no Oriente Médio provoque uma disparada da commodity, que pode alcançar os US$ 100, como avaliou Natasha Kaneva, chefe de estratégia global de commodities do JP Morgan.

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Já Daan Stryven, analista do Goldman Sachs, afirmou que grandes produtores de petróleo seguem com forte capacidade de produção, mas o desempenho ainda dependerá de um potencial choque na oferta, sobretudo se Israel atacar os campos de produção de petróleo do Irã.

Esse impulso do petróleo pode impactar positivamente as ações do setor petroleiro, como é o caso de empresas como Petrobras, Prio, Brava Energia.

Segundo a Moody’s, o Ebitda da Petrobras deve cair neste ano e em 2025, mas a estatal manterá suas métricas e liquidez fortes. “Os preços do petróleo diminuirão ainda mais em direção à nossa faixa de preço de médio prazo de US$ 55 a US$ 75 por barril”, acrescentou a agência de classificação de risco.

Uma retaliação por parte de Israel provocaria maior volatilidade no preço do petróleo, o que poderia beneficiar as ações das petrolíferas brasileiras, conforme destacou Brayan Campos, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

Com o valor do Brent mais elevado, essas companhias conseguiriam ter uma margem de lucro maior. Por outro lado, um arrefecimento no conflito traria um alívio nos mercados e, consequentemente, o preço do Brent se estabilizaria.

Além disso, exportadoras de carne Halal também poderiam sentir o impacto do conflito na região, como é o caso da BRF. Porém, para Flavio Conde, analista da Levante Investimentos, o efeito será mínimo.

Segundo Conde, a empresa pode ser impactada no curto prazo porque as exportações para a região são importantes. Por outro lado, a alta do dólar ajuda bastante os resultados das exportações, que é cerca de 40% da receita líquida trimestral, acrescentou.

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