Fim da ISS: o que sabemos sobre a desativação da Estação Espacial Internacional
Após décadas de operações, a Estação Espacial Internacional (ISS) está chegando ao fim das suas atividades. A NASA planeja aposentar o complexo orbital na próxima década, realizando uma desórbita controlada sobre o oceano.
Clique e siga o Canaltech no WhatsApp Como a Estação Espacial Internacional vai ser destruída? Satélite tira foto da ISS a apenas 69 km de distância
Hoje, os módulos, radiadores e outros componentes do laboratório orbital mostram sinais de desgaste, já esperados. Afinal, estes componentes receberam inúmeras espaçonaves, passaram por ciclos de aquecimento e resfriamento conforme a ISS entrava e saía da luz solar.
Agora, a NASA se prepara para manter pesquisas em estações espaciais comerciais ainda nesta década. Já o trabalho de encerramento da ISS deve começar em 2030.
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Confira o que já sabemos sobre o fim das atividades da ISS:
Por que aposentar a ISS?
Na verdade, inspeções regulares e análises estruturais indicam que a ISS pode muito bem continuar operando em segurança depois de 2030. Mas, mesmo assim, os componentes estruturais primários da estação (como os módulos tripulados) estão desgastados e, consequentemente, danificados.
Módulos russos da ISS apresentaram vazamentos de ar (Imagem: Reprodução/NASA)
Por isso, a NASA e países parceiros no programa decidiram encerrar as atividades do complexo orbital para manter as pesquisas e experimentos em estações comerciais.
Quem vai “aposentar” a ISS?
E, afinal, como esse fim vai acontecer? A NASA analisou algumas opções, como realizar uma reentrada descontrolada ou levar a estação a uma órbita mais alta, que serviria como um “cemitério espacial”.
With 6x more propellant and 4x the power of today’s Dragon spacecraft, SpaceX was selected to design and develop the U.S. Deorbit Vehicle for a precise, controlled deorbit of the @Space_Station https://t.co/GgtuplTwqQ pic.twitter.com/E23sS7CE4U
— SpaceX (@SpaceX) July 17, 2024
No fim das contas, a agência espacial decidiu seguir com uma desórbita auxiliada pelo US Deorbit Vehicle (USDV). Trata-se de um veículo espacial que será desenvolvido pela SpaceX com base no design das naves cargueiras Dragon.
Como vai ser a desórbita?
A primeira etapa do processo vai ficar por conta do USDV, que vai ajudar a diminuir a órbita do complexo. Depois, a estação vai reentrar na atmosfera da Terra a quase 30 mil km/h, seguindo rumo ao nosso planeta.
É provável que a estação acabe rompida: seus painéis solares e radiadores devem ser arrancados, e depois, os módulos e demais estruturas serão destruídos. Após os módulos individuais serem fragmentados, eles devem se queimar enquanto atravessam os gases atmosféricos.
E como a NASA vai ficar?
O programa da ISS está chegando ao fim, mas isso não significa que a NASA não vai mais contar com nenhuma estação espacial. No momento, a agência espacial está trabalhando na estação Gateway.
Representação da estação espacial Gateway (Imagem: Reprodução/NASA)
Quando estiver pronta, a Gateway vai se tornar parte essencial do programa Artemis, servindo como uma base de propósitos múltiplos na órbita da Lua.
Estações espaciais comerciais e o futuro
A NASA já fechou parcerias com empresas como a Blue Origin, Nanoracks e Northrop Grumman para desenvolver três estações espaciais comerciais.
Esquema da Orbital Reef, a futura estação espacial da Blue Origin (Imagem: Reprodução/Blue Origin)
Para isso, a agência espacial planeja realizar uma transição das operações da ISS para estas novas plataformas, permitindo que empresas e instituições governamentais mantenham a pesquisa científica no espaço.
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