Tecnologia

“Noite estrelada”: famosa pintura de Van Gogh obedece às leis da física

A pintura “Noite Estrelada”, do holandês Vincent Van Gogh, parece representar a atmosfera da Terra de forma mais realista do que se pensava. A famosa tela traz uma verdadeira explosão de cores e formas que, além da beleza, representam o céu noturno conforme as leis da Física. A descoberta é de pesquisadores da China e da França.

Clique e siga o Canaltech no WhatsApp Raio-x em pintura revela autorretrato escondido de Van Gogh Atmosfera da Terra lembra pintura de Van Gogh — e isso é um problema

Na tela, as estrelas aparecem mergulhadas em ondulações de amarelo e brilham como se tivessem reflexos na água. Van Gogh pintou a tela de uma forma que criou uma ilusão tão realista dos movimentos no céu que levou cientistas atmosféricos a se perguntarem o quão alinhada a cena estava com processos que realmente ocorrem na natureza. 

Claro, não dá para medir o movimento atmosférico na pintura — mas das pinceladas, sim. “A escala das pinceladas teve papel crucial”, descreveu Yongxiang Huang, autor do estudo. “Com uma foto digital em alta resolução, conseguimos medir com precisão o tamanho típico das pinceladas e compará-las às escalas esperadas das teorias da turbulência”, explicou. 


Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

Análise das pinceladas de Noite Estrelada, pintura de Van Gogh (Imagem: Reprodução/Yinxiang Ma)

Foi assim que eles descobriram que os redemoinhos da tela realmente estão de acordo com as leis dos fluxos de turbulência. Estas estruturas também estão alinhadas com a chamada Lei de Kolmogorov, uma teoria da turbulência que prevê o movimento atmosférico e sua escala com base na energia inercial. 

Além disso, a pintura está de acordo também com a chamada Escala de Batchelor, que descreve as leis da energia em uma escala pequena e passiva, que acompanha o movimento atmosférico. Ela foi observada nos “processos de difusão das partículas de pigmento no óleo [da tinta]”. 

Segundo os autores, é raro encontrar ambas as escalas em um único sistema atmosférico. “Parece que é hora de propor uma nova definição de turbulência para abraçar mais situações”, observou Huang. 

O artigo que descreve os resultados foi publicado na revista Physics of Fluids. 

Leia a matéria no Canaltech.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo